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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Coisas Difíceis

Temos a primeira presidenta do Brasil tomada posse no nosso país latino-continental e o mundo pára um pouco suas análises monetário-burguesa para refletir sobre oportunidade e diferenças. Uma mulher que tem sua origem em outro país e que coloca em seus discursos que uma de suas metas é vencer a pobreza.

Ramatís - autor de livros esotéricos - começou um capítulo de um livro certa vez falando de política e da influência social entrelaçada aos acontecimentos públicos. A dominância de mudanças acontece da sociedade para os políticos (nesta ordem) - e assim, reflete-se da política para a sociedade - e não o contrário como costumamos pensar. Primeiro mudamos nós, sociedade, para que depois a falange política se posicione *como* nós. Como agentes entrando em simbiose e trocando equações para entrar em equilíbrio. O corpo maior, o social, é que predomina a mudança. Então, não adianta reivindicar honestidade e algumas outras virtudes na política se o corpo social ainda é tão inerte quanto aos seus comportamentos minúsculos no seu cotidiano. É uma questão-espelho. É chato aceitar isso. E nem aceito por completo. Aliás, os filósofos anotavam (ou mandava os discípulos anotarem) coisas quando seus contemporâneos não os entendiam para que alguém com capacidade pudesse interpretar no futuro. Aconteceu com o Cristo e outros Mestres da filosofia que foram mortos (na cruz ou na cicuta) mas que seu legado é admirado e pacientemente incorporado aos costumes de grupos que aderem à mudança.

Aderir a mudança é quase elementar na fagocitária sociedade que digere o ócio (ou o ocioso) quando precisa alimentar-se para se movimentar. E aderir a mudança não é se frivolizar diante do desconhecido ou vulgar. É às vezes apenas reagir ao caos, interno ou externo. Acredito que o próprio Cristo mudou enquanto peregrinava descalço (ou não) na terra oriental. Mas mudar é difícil, exige cuidados e impulsos calculados. Ah, impulsos. Escutei ontem que se impulso fosse útil, o mundo era dominado por cangurus. Parece piegas, mas achei interessante quando a frase foi alinhada a outra: coloque o impulso para depois de planejar.

Pode ser uma boa estratégia.
Aliás, voltando ao caso da presidenta. Que ela consiga planejar, estratetizar para um Brasil melhor e depois todos nós nos impulsionemos para fronte.

Fronte, coisa distante e desconhecida, mas temos certeza que aqui parado não é o nosso lugar. Mudar, planejar, impulsionar. 3 coisas difíceis no dicionário de alguém acordado.

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