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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A internet tá mudando sua vida?

Há alguns outros eventos que me fizeram pensar bastante no "poder" que a internet tem em "agregar" pessoas que costumam "pensar da mesma forma".
As eleições brasileiras de 2010 me fez pensar no poder de disseminação de idéias na internet (via twitter, facebook, youtube e outras ferramentas). É verdade que as ferramentas conseguiram, de certa forma, alimentar o debate democrático (um pouco tendencioso para lados que encontraram na rede pessoas mais "carentes" de visão (o candidato achava legal fazer um Twitcam e achar que é popular por causa disso), mas ainda vemos que precisamos, inteligentemente, aderir a cultura da democratização e meta-análise de comportamentos virtuais.

Que não se faz revolução por tags no twitter acho que a maioria já sabe, mas poucos devem saber que há várias maneiras de Estados ditadores de "controlar" comportamentos silenciosamente através de aparentes web-socializações. Eles aparecem na rede, se mostram conectados, mas são apenas superficiais e estratégicos (pois apenas dividem responsabilidades quando uma decisão é tomada e pouco do povo é ouvido).

E pra que estamos usando nossos computadores cada vez mais potentes? As estatísticas mostram que o cyber-hedonismo (achar que o prazer está acima de tudo e de todos) tem crescido e os poderes computacionais tem sido //largamento usados// em prazeres virtuais (sejam eles de jogos, bate-papos ou acesso à sites pornográficos) . Usei o destaque para me justificar aqui. Achar que todos estão usando internet para hedonismo é exagero sim. As idéias "do bem" (por mais piegas que pareça) tem se multiplicado e boas práticas de educação, de intelectualização, de propagação de cultura, tem encontrado espaço na web. Sim. Mas a discussão é se estamos nos preparando (ou prontos) para seguir esta tendência de estar conectado quase que 24horas e em todos os cantos? E quantas vezes fomos vítimas de governos articulados, que antigamente exigia grupos de inteligência silenciosa e hoje através de perfis públicos no orkut/facebook encontram líderes (e grupos) contra o governo?

Lembremo-nos que a rede chega até os confins de lugares mais distantes e desérticos/florestais, mas precisamos continuar investigando valores e posicionamentos para não sairmos da tendência do humanismo, da democracia respeitosa e popular.

Uma matéria interessante do Jornal da Ciência, logo pela manhã, me deixou bastante feliz e ao mesmo tempo questionador se o Brasil também já não deveria ter começado a fazer o mesmo. É o caso de Dohar, capital de Qatar, que entrou no mapa um dia desses por ter ganho a oportunidade de receber a copa do mundo em 2022 (que longe, né?). Mas o país demonstra estar muito preocupado com o futuro. Investir 30 milhões em congressos sobre "inovação na educação" que envolvem conceitos de trabalhar com os recém-chegados na escola (e com os mais avançados) com a didática que atenda às expectativas de uma sociedade globalizada e virtual.
Segue abaixo palavras do professor Dilvo Ristoff, da Universidade Federal da Fronteira do Sul (pra falar a verdade, nem sei onde é, mas tá na reportagem que linkei acima):
"O trabalho dos professores será, portanto, profundamente afetado por esta nova tecnologia (computação móvel) e é impossível imaginar que alunos da geração pós-Ipad aceitem métodos, ritmos e salas de aula incompatíveis com a agilidade e a facilidade de acesso ao conhecimento que a comunicabilidade móvel proporciona."

Pois bem, estamos caminhando para um Brasil com o pré-sal como potencial investidor para nossa educação, ciência, tecnologia, que parecem ser concorrentes leais contra um país que teve seu papel social esquecido durante muito tempo.
Meta-governo, meta-decisões. Estas são as atitudes que esperamos (e que devemos fazer no nosso dia-a-dia) - o que já não é fácil. Informação é um caminho para o esclarecimento.
O que me instigou também ao debate sobre o impacto social (que ainda vivenciamos) e as suas consequências (e a necessidade de enxergá-las) foi este vídeo abaixo do Ted. Ele tem legenda em português. É só clicar em "view subtitles".
Adoro adjetivar a sociedade virtual-globalizado-tecnológica(e -omissa, as vezes), mas o caso é sério. Precisamos pensar em políticas locais, regionais e nacionais para que acompanhemos as tendências sem precisar mexer no regionalismo cultural de cada canto do Brasil (e do mundo). Tenho certeza que a acadêmia tem muito a acrescentar aos governos e espero um dia que a parceria academia-estado (saudavelmente) seja tão fluente que consigamos colocar em prática metodologias que devem sair das wikipedias e estar presente em pautas legislativas.




um chat Cliente-Servidor em Python usando Socket, TCP e Thread


Bem, faz tempo que não escrevo. Tenho feito um curso de férias e tentado ler algo. Aliás, guardei tanta coisa pra ler nessas férias que o meu escalonador anda trabalhando muito. A propósito, de vez em quando ele dá um down(Fernando) só pra me lembrar que estou de férias e me faz acordar só ao meio dia.

Sim, vou logo ao assunto. Como o próprio título da mensagem indica, implementamos um cliente-servidor em python. Um chat que você pode conversar numa rede interna setando qual o IP do servidor. Roda o servidor, depois roda o cliente (dizendo ao cliente qual o IP do servidor).
Feito através de socket e usando tcp.
Aliás, ele está implementado em threads (no servidor e cliente).

Coisa simples que utiliza algumas das ferramentas que Python abstrai. Python quase que não é um linguagem de programação, é um middleware (entre você e qualquer coisa do mundo), rs.
Tô colocando porque talvez ajude quem tiver aprendendo mais sobre a linguagem (feito eu).

Então, lá vai:


Como diz meu amigo Marcelo, o código tá protegido sob GPLv3 (se souber explicar por completo, fora que é mais fácil de compartilhar, distribuir ou melhorar) seta um comentário ai embaixo.

Muita coisa pra comentar, mas sem muita dialética, agora, volto cá depois.